segunda-feira, 22 de junho de 2015

Termos linguísticos

                                                                
                                                                                 Maria de Fátima pereira silva lima*

Resumo
     O presente trabalho tem por objetivo reconhecer as diferenças linguísticas de significados, que serão apresentados no decorrer do tema.
    Serão apresentados os seguintes conceitos: Implicaturas, Implícitos, Cumplicidade, Subentendidos, Refúgio.
                           Palavras-chave: termos linguísticos.

1 INTRODUÇÃO
     O grande desafio é saber ler as entrelinhas, saber entender o que o outro está querendo expressar somente pelo que não foi dito, mas sim pelas pistas que nos é dado.
    Saber entender o que é dito é fácil, mas entender o que é o “não dito”, é uma tarefa difícil para muitos.
     Nem sempre o que se diz é o que queremos dizer, podemos falar a mesma coisa, mas ela pode mudar de acordo com a entonação que usamos.

2        DESENVOLVIMENTO
A)Implicaturas:
      Este termo remete-se a uma inferência semântica, isso se dá pelo fato de tudo que se é dito está fundamentado no sentido da palavra.
      O que é dito é entendido através do que já é existente anteriormente, para que isso ocorra existem alguns verbos que nos levam a entender isto. Em uma matéria da revista língua, Fiorin cita o verbo “parar”, este verbo leva a entender que antes de parar tem que ter um começar.
Ex:
- vamos ao cinema?
-Estou com dor de cabeça.

B) Implícitos:
     Segundo alguns teóricos essas implicaturas são inferência semânticas contidos nos enunciados e retiradas.
     Pode-se dizer que há uma diferença entre implicatura e implicação; uma vez que a implicação são inferências e são provocadas por elementos linguísticos, já a implicatura é um pouco mais ampla, ela se trata de inferências geradas pelas expressões linguísticas.

     Tudo acontece pelo contexto, pela situação de comunicação, nos levando a aprender fazer essas inferências.
      O que se está explícito são os pressupostos e os subentendidos, para o explícito denomina posto e para o implícito pressuposto.
     O posto pode ser questionado, mas o pressuposto é verdadeiro.
Ex: Não estou fumando mais!
     Nesta frase entende-se que anteriormente eu fumava, mas parei de fumar.
C) Cumplicidade:
     Este é um termo que é usado para introduzir um ponto de vista, o interlocutor se torna cumplice do enunciador, algumas vezes os pressupostos podem ser generalizações que não tem fundamentos ou preconceituosas.
Ex: João é carioca, mas é um homem sério.
     Esta frase está pressupondo que os cariocas não são pessoas sérias, contudo o João é; isto é um pressuposto, pois não há fundamentos em tal afirmação.
D) Subentendidos:
       Este termo é a segunda forma de inferência semântica, tudo que é dito fica subentendido, não se diz com palavras, mas está nas entrelinhas. O locutor fala de forma que fica no ar a resposta, não é explícita, mas o interlocutor entende.
É como esta frase de Lulu Santos:
    “como uma ideia que existe na cabeça e não tem a menor obrigação de acontecer”
    Neste caso precisamos conhecer o contexto para entendermos o que se quer dizer, tudo está nas entrelinhas.
     Neste caso está subentendido a intenção do genro em dizer que a sogra é bruxa, não foi dito, mas fica subentendido na frase através das entrelinhas.
E) Refúgio:
     O subentendido é a maneira de dizer algo por meio das entrelinhas, sem ser pronunciado. Essa maneira de falar sem pronunciar é uma forma de se refugiar através do sentido literal da palavra.
     Podemos usar um sentido duplo para a palavra e encontrarmos um meio de nos refugiarmos depois.
Ex: O genro não disse que a sogra é bruxa, mas deixou a entender isso, ele tem como refugiar-se, pois nada foi dito por palavras.

                               
   



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