Maria de Fátima pereira silva lima*
Resumo
O presente trabalho tem por objetivo
reconhecer as diferenças linguísticas de significados, que serão apresentados
no decorrer do tema.
Serão
apresentados os seguintes conceitos: Implicaturas, Implícitos, Cumplicidade, Subentendidos,
Refúgio.
Palavras-chave:
termos linguísticos.
1 INTRODUÇÃO
O
grande desafio é saber ler as entrelinhas, saber entender o que o outro está
querendo expressar somente pelo que não foi dito, mas sim pelas pistas que nos
é dado.
Saber entender o que é dito é fácil, mas
entender o que é o “não dito”, é uma tarefa difícil para muitos.
Nem
sempre o que se diz é o que queremos dizer, podemos falar a mesma coisa, mas
ela pode mudar de acordo com a entonação que usamos.
2
DESENVOLVIMENTO
A)Implicaturas:
Este
termo remete-se a uma inferência semântica, isso se dá pelo fato de tudo que se
é dito está fundamentado no sentido da palavra.
O
que é dito é entendido através do que já é existente anteriormente, para que
isso ocorra existem alguns verbos que nos levam a entender isto. Em uma matéria
da revista língua, Fiorin cita o verbo “parar”, este verbo leva a entender que
antes de parar tem que ter um começar.
Ex:
-
vamos ao cinema?
-Estou
com dor de cabeça.
B)
Implícitos:
Segundo
alguns teóricos essas implicaturas são inferência semânticas contidos nos
enunciados e retiradas.
Pode-se
dizer que há uma diferença entre implicatura e implicação; uma vez que a
implicação são inferências e são provocadas por elementos linguísticos, já a
implicatura é um pouco mais ampla, ela se trata de inferências geradas pelas
expressões linguísticas.
Tudo
acontece pelo contexto, pela situação de comunicação, nos levando a aprender
fazer essas inferências.
O
que se está explícito são os pressupostos e os subentendidos, para o explícito
denomina posto e para o implícito pressuposto.
O
posto pode ser questionado, mas o pressuposto é verdadeiro.
Ex:
Não estou fumando mais!
Nesta
frase entende-se que anteriormente eu fumava, mas parei de fumar.
C) Cumplicidade:
Este
é um termo que é usado para introduzir um ponto de vista, o interlocutor se
torna cumplice do enunciador, algumas vezes os pressupostos podem ser
generalizações que não tem fundamentos ou preconceituosas.
Ex:
João é carioca, mas é um homem sério.
Esta frase está pressupondo que os
cariocas não são pessoas sérias, contudo o João é; isto é um pressuposto, pois
não há fundamentos em tal afirmação.
D) Subentendidos:
Este
termo é a segunda forma de inferência semântica, tudo que é dito fica
subentendido, não se diz com palavras, mas está nas entrelinhas. O
locutor fala de forma que fica no ar a resposta, não é explícita, mas o
interlocutor entende.
É
como esta frase de Lulu Santos:
“como uma ideia que existe na cabeça e não
tem a menor obrigação de acontecer”
Neste caso precisamos conhecer o contexto
para entendermos o que se quer dizer, tudo está nas entrelinhas.
Neste
caso está subentendido a intenção do genro em dizer que a sogra é bruxa, não
foi dito, mas fica subentendido na frase através das entrelinhas.
E) Refúgio:
O subentendido é a maneira de dizer algo
por meio das entrelinhas, sem ser pronunciado. Essa maneira de falar sem
pronunciar é uma forma de se refugiar através do sentido literal da palavra.
Podemos usar um sentido duplo para a
palavra e encontrarmos um meio de nos refugiarmos depois.
Ex:
O genro não disse que a sogra é bruxa, mas deixou a entender isso, ele tem como
refugiar-se, pois nada foi dito por palavras.
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