Deixo hoje para vocês um pouco da cultura Goiana, a literatura que é um pouco esquecida ( literatura goiana), mas que é muito interessante e importante para nós.
Trabalho apresentado na Faculdade Alfredo Nasser, como requisito para nota da P2, na Matéria de Literatura Goiana.
Acadêmico(a)s
do curso de Letras:
Amanda
Naves
José
Rodrigues
Luiz
Carlos
Maria
de Fatima
A
Mulher que Comeu o Amante
Bernardo
Élis
Breve
biografia
¢Bernardo
Élis Fleury de Campos Curado.
¢Advogado,
professor, poeta, contista e romancista.
¢Nasceu
em Corumbá de Goiás, em 15 de novembro de 1915.
¢Faleceu
no dia 30 de novembro de 1997, na mesma cidade.
¢Filho
do Poeta Érico José Curado e de Marieta Fleury Curado.
¢Casou-se
1944 com a poetisa Violeta Metran.
¢Foi co-fundador,
vice-diretor e professor do Centro de Estudos Brasileiros da UFG.
¢Em
Goiânia promoveu o I Congresso de Literatura em Goiás (1953).
¢Recebeu
inúmeros prêmios literários: Prêmio José Lins Rego (1965). Prêmio Jabuti, da
Câmara Brasileira do Livro (1966). Prêmio Afonso Arinos, da Academia Brasileira
de Letras. Prêmio Sesquicentenário da Independência e Prêmio da Fundação
Cultural de Brasília e a medalha do Instituto de Artes e Cultura de Brasília.
¢Bernardo
Élis é o único escritor Goiano a pertencer à Academia Brasileira de Letras.
Ermos
e Gerais: contos Goianos
¢É o
primeiro livro de contos do escritor Goiano.
¢Foi
publicado pela Bolsa de Publicações de
Goiânia no ano 1944.
Abaixo está o contos de Bernardo Élis, a mulher que comeu o amante em forma de vídeo.
Análise
do Conto
¢Bernardo
Élis foi
o introdutor do modernismo na literatura goiana.
¢O
escritor tornou-se conhecimento por apresentar uma narrativa bastante
eficiente, principalmente em seus contos.
¢A sua
produção literária está ligada a Goiás e a sua temática é regional, de caráter
neorrealista.
¢O
escritor escreve o espaço concreto, real e físico é transformado em espaço utópico, carregado de imagens metafóricas.
¢Bernardo
Élis
utiliza-se no momento da criação, de múltiplos meios para fazer que seu texto
não seja apenas um relato de acontecimentos, mas sim uma obra de arte.
¢Conto
é rico de ironia e humor (humor negro, trágico).
¢Sexualidade
¢Os
personagens são pessoas simples vivendo isoladas no sertão goiano, que acabam,
por influência do meio ambiente, sendo desumanizadas. (Dificuldade do
sertanejo)
¢Portanto
o mundo é visto sob a ótica do sertanejo, do homem simples que se acomoda em um
espaço qualquer e desiste do convívio com os homens.
¢ O
conto se insere no movimento modernista, no entanto, a subjetividade se
manifesta pela visão particular do narrador ao descrever a paisagem e o lugar
onde as personagens moram.
¢Camélia
vai se transformado em fera, ela sente-se atraída pelo homem, tem necessidades
de objetos de uso (roupas, calçados, cosméticos), de alimento (sal, café) e de
sexo.
¢Tempo
do conto é indefinido, não sabemos em que ano ocorreram os fatos, pois eles são
mais uma lenda levada pelo rio e resgatada pelo narrador de terceira pessoa.
¢O
espaço apresenta características de espaço dimensional, dentro de um ambiente
natural, em um lugar perdido no sertão de Goiás.
¢Os
personagens residem ‘nas margens de um afluente do Santa Tereza’ (rio que nasce
na Serra Dourada e corre para o município de Peixe-Go), esse rio brumoso de lendas, que desce de
montanha azuis, numa inocente ignorância geográfica.
¢A
casa está localizada entre ‘o rio piranhoso
e as serras escuras’, é um lugar ‘que apresentava uma beleza heroicamente
inconsciente de suicídio’.
Referências
ÉLIS,
Bernardo. Ermos e Gerais: Contos, 1997.

